quinta-feira, 28 de junho de 2012

Algo do tamanho grande




Minha amiga trabalha em um brechó de um hospital, como voluntária.

Certo dia adentrou na loja uma certa senhora bastante obesa, e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela.

Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria.

Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão sobre o seu sobrepeso vir à tona de forma implícita.

Naquele momento, minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima.

Foi quando o esperado aconteceu.

A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha:

“É.. não tem nada grande, não é?

E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu:

“Quem disse???

Claro que tem!!

Olha só o tamanho desse abraço!

E a abraçou com muito carinho.

A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:

“Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço.”

E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, disse-lhe:

“Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".

E, naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.

Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor.

Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo “grande” que sirva para alguém?


Pensemos nisso queridos

Enviado por: Luzia Helena Manetti Dantas








 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O valor dos pais




Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.


Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última, tomando a última decisão.


O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.


O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?"


O jovem respondeu, "nenhuma".


O diretor perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."


O diretor perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."


O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.


O diretor perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."


O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."


O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.


O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.


Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.


Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.


Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.


O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"


O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."


O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sentiu."


O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."


O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Está contratado."


Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.


Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorarará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a sensação de objetivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais.


Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?


Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande TV em plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.


A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.


Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?


O valor de nossos pais ...


Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li. Leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos.


Enviado por Neide Rocha







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