sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A vida é um rio





Imagine que a vida é um rio,
que de um lado da margem está você e do outro,
os seus sonhos.

Muitas pessoas conseguem enxergar
facilmente a margem do outro lado do rio
porque colocam seus sonhos em
local de fácil alcance,
onde podem avistar sempre.
Outros no entanto,
colocam seus sonhos tão longe de suas vistas,
desejam coisas tão malucas,
que nem com o binóculo mais potente
conseguem enxergar o outro lado.

Para chegar aos sonhos,
a vida nos oferece um barco chamado
"esperança" com dois remos.
Um dos remos chama-se "fé",
a outra “ação”.
Muitos possuem tanta fé que usam apenas
esse remo para alcançar seus objetivos
e o barco da esperança não sai do lugar,
fica rodando em volta sem direção
e cada vez mais longe do destino.

Outros, ansiosos e truculentos,
acreditando em suas forças,
pegam apenas o remo "ação"
e também não sem do lugar,
remam, remam e remam até ficarem
cansados e desistirem dos seus sonhos
por julgarem impossíveis atravessarem
o rio da vida.

Normalmente,
têm sempre uma desculpa para seu fracasso,
e quase sempre é culpa de outras
pessoas ou das condições do Universo.

Aqueles que são humildes o bastante
para aprender a lição,
entram no barco da esperança e pegam
os dois remos,
unem a fé com a ação e atravessam o rio
várias vezes na sua vida,
porque aprenderam que não existe
conquista apenas
pela força e nem vitória
apenas com a fé.

Pegue seu barco (esperança), junte os remos(fé + ação) e atravesse o rio da vida com mais tranquilidade.



 
Paulo Roberto Gaefke

domingo, 15 de julho de 2012

A VAQUINHA...




Um Mestre da sabedoria passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer uma breve visita...

Durante o percurso ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de aprendizado que temos, também com as pessoas que mal conhecemos.

Chegando ao sítio constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de madeiras, os moradores, um casal e três filhos, vestidos com roupas rasgadas e sujas...

Então se aproximou do senhor aparentemente o pai daquela família e perguntou: Neste lugar não há sinais de pontos de comércio e de trabalho, então como o senhor e a sua família sobrevivem aqui?

E o senhor calmamente respondeu:
"Meu amigo, nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite todos os dias. Uma parte desse produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por outros gêneros de alimentos e a outra parte nós produzimos queijo, coalhada, etc .... para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo".

O sábio agradeceu a informação, contemplou o lugar por uns momentos, depois se despediu e foi embora. No meio do caminho, voltou ao seu fiel discípulo e ordenou:

Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e empurre-a, jogue-a lá em baixo".

O jovem arregalou os olhos espantando e questionou o mestre sobre o fato da vaquinha ser o único meio de sobrevivência daquela família, mas, como percebeu o silêncio absoluto do seu mestre, foi cumprir a ordem.

Assim, empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer.

Aquela cena ficou marcada na memória daquele jovem durante alguns anos e um belo dia ele resolveu largar tudo o que havia aprendido e voltar naquele mesmo lugar e contar tudo àquela família, pedir perdão e ajudá-los.

Assim fez, e quando se aproximava do local avistou um sítio muito bonito, com árvores floridas, todo murado, com carro na garagem e algumas crianças brincando no jardim.

Ficou triste e desesperado imaginando que aquela humilde família tivera que vender o sítio para sobreviver, "apertou" o passo e chegando lá, logo foi recebido por um caseiro muito simpático e perguntou sobre a família que ali morava há uns quatro anos e o caseiro respondeu:

Continuam morando aqui.

Espantado ele entrou correndo na casa, e viu que era mesmo a família que visitara com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da a vaquinha):

Como o senhor melhorou este sítio e está tão bem de vida ???

E o senhor entusiasmado, respondeu:

Nós tínhamos uma vaquinha que caiu no precipício e morreu, daí em diante tivemos que fazer outras coisas e desenvolver habilidades que nem sabíamos que tínhamos, assim alcançamos o sucesso que seus olhos vislumbram agora...

Ponto de reflexão:
Todos nós temos uma vaquinha que nos dá alguma coisa básica para sobrevivência e uma conveniência com a rotina.

Descubra qual a sua ... e empurre a sua "vaquinha" morro abaixo!


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Algo do tamanho grande




Minha amiga trabalha em um brechó de um hospital, como voluntária.

Certo dia adentrou na loja uma certa senhora bastante obesa, e de cara a minha amiga pensou que não tinha nada na loja na numeração dela.

Sentiu-se apreensiva e constrangida naquela situação, vendo a senhora percorrer as araras em busca de algo que minha amiga sabia que ela não encontraria.

Ficou angustiada, porque não queria que a senhora se sentisse mal pelo tamanho das peças de roupas, se sentindo excluída e fazendo a questão sobre o seu sobrepeso vir à tona de forma implícita.

Naquele momento, minha amiga orou a Deus e pediu que lhe desse sabedoria para conduzir a situação evitando que a cliente se sentisse excluída ou humilhada na sua autoestima.

Foi quando o esperado aconteceu.

A senhora se dirigiu à minha amiga e disse tristinha:

“É.. não tem nada grande, não é?

E a minha amiga, sem até aquele momento saber o que diria, simplesmente abriu os braços de uma ponta a outra e lhe respondeu:

“Quem disse???

Claro que tem!!

Olha só o tamanho desse abraço!

E a abraçou com muito carinho.

A senhora então se entregou àquele abraço acolhedor e deixou-se tomar pelas lágrimas exclamando:

“Há quanto tempo que ninguém me dava um abraço.”

E chorando, tal qual uma criança a procura de um colo, disse-lhe:

“Não encontrei o que vim buscar, mas encontrei muito mais do que procurava".

E, naquele momento, através dos braços calorosos de minha amiga, Deus afagou a alma daquela criatura, tão carente de amor e de carinho.

Quantas almas não se encontram também tão necessitadas de um simples abraço, de uma palavra de carinho, de um gesto de amor.

Será que dentro de nós, se procurarmos no nosso baú, lá nas prateleiras da nossa alma, no estoque do nosso coração, também não acharemos algo “grande” que sirva para alguém?


Pensemos nisso queridos

Enviado por: Luzia Helena Manetti Dantas








 

quarta-feira, 13 de junho de 2012

O valor dos pais




Um jovem de nível acadêmico excelente, candidatou-se à posição de gerente de uma grande empresa.


Passou a primeira entrevista e o diretor fez a última, tomando a última decisão.


O diretor descobriu, através do currículo, que as suas realizações acadêmicas eram excelentes em todo o percurso, desde o secundário até à pesquisa da pós-graduação e não havia um ano em que não tivesse pontuado com nota máxima.


O diretor perguntou, "Tiveste alguma bolsa na escola?"


O jovem respondeu, "nenhuma".


O diretor perguntou, "Foi seu pai quem pagou as suas mensalidades ?" o jovem respondeu, "O meu pai faleceu quando eu tinha apenas um ano, foi a minha mãe quem pagou as minhas mensalidades."


O diretor perguntou, "Onde trabalha a sua mãe?" - e o jovem respondeu: "A minha mãe lava roupa."


O diretor pediu que o jovem lhe mostrasse as suas mãos. O jovem mostrou um par de mãos macias e perfeitas.


O diretor perguntou, "Alguma vez ajudou sua mãe lavar as roupas?" - o jovem respondeu: "Nunca, a minha mãe sempre quis que eu estudasse e lesse mais livros. Além disso, a minha mãe lava a roupa mais depressa do que eu."


O diretor disse, "Eu tenho um pedido. Hoje, quando voltar, vá e limpe as mãos da sua mãe e depois venha ver-me amanhã de manhã."


O jovem sentiu que a hipótese de obter o emprego era alta. Quando chegou em casa, pediu, feliz, à mãe que o deixasse limpar as suas mãos. A mãe achou estranho, estava feliz, mas com um misto de sentimentos e mostrou as suas mãos ao filho.


O jovem limpou lentamente as mãos da mãe. Uma lágrima escorreu-lhe enquanto o fazia. Era a primeira vez que reparava que as mãos da mãe estavam muito enrugadas e havia demasiadas contusões nas suas mãos. Algumas eram tão dolorosas que a mãe se queixava quando limpava com água.


Esta era a primeira vez que o jovem percebia que este par de mãos que lavavam roupa todo o dia tinham-lhe pago as mensalidades. As contusões nas mãos da mãe eram o preço a pagar pela sua graduação, excelência acadêmica e o seu futuro.
Após acabar de limpar as mãos da mãe, o jovem silenciosamente lavou as restantes roupas pela sua mãe.


Nessa noite, mãe e filho falaram por um longo tempo.


Na manhã seguinte, o jovem foi ao gabinete do diretor.


O diretor percebeu as lágrimas nos olhos do jovem e perguntou, "Diz-me, o que fez e que aprendeu ontem em sua casa?"


O jovem respondeu, "Eu limpei as mãos da minha mãe e ainda acabei de lavar as roupas que sobraram."


O diretor pediu, "Por favor, diz-me o que sentiu."


O jovem disse "Primeiro, agora sei o que é dar valor. Sem a minha mãe, não haveria um eu com sucesso hoje. Segundo, ao trabalhar e ajudar a minha mãe, só agora percebi a dificuldade e dureza que é ter algo pronto. Em terceiro, agora aprecio a importância e valor de uma relação familiar."


O diretor disse, "Isto é o que eu procuro para um gerente. Eu quero recrutar alguém que saiba apreciar a ajuda dos outros, uma pessoa que conheça o sofrimento dos outros para terem as coisas feitas e uma pessoa que não coloque o dinheiro como o seu único objetivo na vida. Está contratado."


Mais tarde, este jovem trabalhou arduamente e recebeu o respeito dos seus subordinados. Todos os empregados trabalhavam diligentemente e como equipe. O desempenho da empresa melhorou tremendamente.


Uma criança que foi protegida e teve habitualmente tudo o que quis se desenvolverá mentalmente e sempre se colocará em primeiro. Ignorarará os esforços dos seus pais e quando começar a trabalhar, assumirá que todas as pessoas o devem ouvir e quando se tornar gerente, nunca saberá o sofrimento dos seus empregados e sempre culpará os outros. Para este tipo de pessoas, que podem ser boas academicamente, podem ser bem sucedidas por um tempo, mas eventualmente não sentirão a sensação de objetivo atingido. Irão resmungar, estar cheios de ódio e lutar por mais.


Se somos esse tipo de pais, estamos realmente a mostrar amor ou estamos a destruir o nosso filho?


Pode-se deixar seu filho viver numa grande casa, comer boas refeições, aprender piano e ver televisão num grande TV em plasma. Mas quando cortar a grama, por favor, deixe-o experienciar isso. Depois da refeição, deixe-o lavar o seu prato juntamente com os seus irmãos e irmãs. Deixe-o guardar seus brinquedos e arrumar sua própria cama. Isto não é porque não tem dinheiro para contratar uma empregada, mas porque o quer é amar e ensinar como deve de ser. Quer que ele entenda que não interessa o quão ricos os seus pais são, pois um dia ele irá envelhecer, tal como a mãe daquele jovem.


A coisa mais importante que os seus filhos devem entender é a apreciar o esforço e experiência da dificuldade e aprendizagem da habilidade de trabalhar com os outros para fazer as coisas.


Quais são as pessoas que ficaram com mãos enrugadas por mim?


O valor de nossos pais ...


Um dos mais bonitos textos sobre educação familiar que já li. Leitura obrigatória para nós pais e, principalmente, para os filhos.


Enviado por Neide Rocha







terça-feira, 24 de abril de 2012

A Arte De Ser Avó



Netos são como heranças: você os ganha sem merecer. Sem ter feito nada para isso, de repente lhe caem do céu. É, como dizem os ingleses, um ato de Deus. Sem se passarem as penas do amor, sem os compromissos do matrimônio, sem as dores da maternidade. E não se trata de um filho apenas suposto, como o filho adotado: o neto é realmente o sangue do seu sangue, filho de filho, mais filho que o filho mesmo...


Cinquenta anos, cinquenta e cinco... Você sente, obscuramente, nos seus ossos, que o tempo passou mais depressa do que esperava. Não lhe incomoda envelhecer, é claro. A velhice tem as suas alegrias, as suas compensações — todos dizem isto embora você pessoalmente, ainda não as tenha descoberto — mas acredita.


Todavia, também obscuramente, também sentida nos seus ossos, às vezes lhe dá aquela nostalgia da mocidade. Não de amores nem de paixões: a doçura da meia-idade não lhe exige essas efervescências. A saudade é de alguma coisa que você tinha e lhe fugiu sutilmente junto com a mocidade. Bracinhos de criança no seu pescoço. Choro de criança. O tumulto da presença infantil ao seu redor. Meus Deus, para onde foram as suas crianças? Naqueles adultos que hoje são seus filhos, que têm sogro e sogra, cônjuge, emprego, apartamento a prestações, você não encontra de modo nenhum as suas crianças perdidas. São homens e mulheres - não são mais aquelas crianças que você recorda.
E então um belo dia, sem que lhe fosse imposta nenhuma das agonias da gestação ou do parto, o doutor lhe põe nos braços um menino. Completamente grátis — aquela criancinha da sua raça, da qual você morria de saudades, símbolo ou penhor da mocidade perdida. Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho, é um menino que lhe é "devolvido". E o espantoso é que todos lhe reconhecem o seu direito de o amar com extravagância; ao contrário causaria escândalo e decepção se você não o acolhesse imediatamente com todo aquele amor recalcado que há anos se acumulava, desdenhado, no seu coração.


Sim, tenho certeza que a vida nos dá os netos para nos compensar de todas as mutilações trazidas pela velhice. São amores novos, profundos e felizes que vêm ocupar aquele lugar vazio, nostálgico, deixado pelos arroubos juvenis. Aliás, desconfio muito de que os netos são melhores que namorados, pois que as violências da mocidade produzem mais lágrimas do que enlevos.


No entanto — no entanto! — nem tudo são flores no caminho da avó. Há, acima de tudo, a rival: a mãe. Não importa que ela seja sua filha. Não deixa por isso de ser mãe do seu neto. Não importa que ela ensine o menino a lhe dar beijos e a lhe chamar de "vovozinha", e lhe conte que de noite, às vezes, ele de repente acorda e pergunta por você. São lisonjas, nada mais.


Rigorosamente, nas suas posições respectivas, a mãe e a avó representam, em relação ao neto, papéis muito semelhantes ao da esposa e da amante dos triângulos conjugais.


A mãe tem todas as vantagens da domesticidade e da presença constante. Dorme com ele, dá-lhe de comer, dá-lhe banho, veste-o. Embala-o de noite. Contra si tem a fadiga da rotina, a obrigação de educar e o ônus de castigar.


Já a avô, não tem direitos legais, mas oferece a sedução do romance e do imprevisto.
Mora em outra casa. Traz presentes. Faz coisas não programadas. Leva a passear, "não ralha nunca". Deixa lambuzar de pirulitos. Não tem a menor pretensão pedagógica. É a confidente das horas de ressentimento, o último recurso nos momentos de opressão, a secreta aliada nas crises de rebeldia.


Uma noite passada em sua casa é uma deliciosa fuga à rotina, tem todos os encantos de uma aventura. Lá não há linha divisória entre o proibido e o permitido. Dormir sem lavar as mãos, recusar a sopa e comer croquetes, tomar café — café! — mexer no armário da louça, fazer trem com as cadeiras da sala, destruir revistas, derramar a água do gato, acender e apagar a luz elétrica mil vezes se quiser e até fingir que está discando o telefone.


Riscar a parece com o lápis dizendo que foi sem querer — e ser acreditado! Fazer má-criação aos gritos e, em vez de apanhar, ir para os braços da avó e de lá escutar os debates sobre os perigos e os erros da educação moderna.


Sabe-se que, no reino dos céus, o cristão desfruta os mais requintados prazeres da alma. Porém esses prazeres não estarão muito acima da alegria de sair de mãos dadas com o seu neto, numa manhã de sol. E olhe que aqui embaixo você ainda tem o direito de sentir orgulho, que aos bem-aventurados será defeso. Meu Deus, o olhar das outras avós, com os seus filhotes magricelas ou obesos, a morrerem de inveja do seu maravilhoso neto.


E quando você vai embalar o menino e ele, tonto de sono, abre um olho, lhe reconhece, sorri e diz: "Vó!", seu coração estala de felicidade, como pão ao forno.


E o misterioso entendimento que há entre avó e neto, na hora em que a mãe o castiga, e ele olha para você, sabendo que, se você não ousa intervir abertamente, pelo menos lhe dá sua incondicional cumplicidade e apoio... Além é claro das compensações....


Até as coisas negativas se viram em alegrias quando se intrometem entre avó e neto: o bibelô de estimação que se quebrou porque o menininho — involuntariamente! — bateu com a bola nele. Está quebrado e remendado, mas enriquecido com preciosas recordações: os cacos na mãozinha, os olhos arregalados, o beiço pronto para o choro; e depois, o sorriso malandro e aliviado porque "ninguém" se zangou, o culpado foi a bola mesma, não foi, Vó?


Era um simples boneco que custou caro. Hoje é relíquia: não tem dinheiro que pague.


Texto de Raquel de Queiroz

quarta-feira, 18 de abril de 2012

O toque do Mestre


Batido e riscado estava, e o leiloeiro
Não deu muito valor ao violino
Achou que não valia muito a pena
Mas mesmo assim o segurou sorrindo.

“Quanto me dão por ele?” gritou.
“Quem começa a oferta? Vamos ver:
Um dólar, um dólar; quem dá mais?
Dois dólares, quem dá três?”

“Três dólares, dou-lhe uma, dou-lhe duas…”
Mas do meio da multidão
Um senhor de cabelos grisalhos
Veio e pegou no arco então.

Tirou o pó do velho violino
As cordas soltas apertou
E tocou uma doce melodia
Que a todo mundo cativou.

A música parou, e o leiloeiro,
Agora falando de mansinho,
Disse: “Quanto dão pelo velho violino?”
E o segurou com muito carinho.

“Mil dólares, quem dá mais?
Dois, dois mil! E três, quem dá?
Três mil! Dou-lhe uma, dou-lhe duas…
Vendido!” disse ele pra fechar.

Mas leiloeiro, o que mudou o seu valor?
Foi algo que disseste?
Mas bem clara é a resposta
Foi o toque do Mestre.

Muita gente triste e perdida,
Surrada pelo pecado, em desatino
É menosprezada no leilão da vida,
Como o velho violino.

Mas quando vem o Mestre,
A multidão não consegue supor,
Que uma vida possa mudar tanto
Com um toque da mão do Senhor.

Ó Mestre! Estou desafinado
Toca-me Senhor com a Tua mão
Transforma-me, dá-me uma melodia
Para cantar a Ti no meu coração.


Autoria: Poetiza Myra Brooks Welch
Recebi da amiga Daniela Vieira

Escrever Na Areia

"Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós" Mateus 6.14


Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas longas estradas que recortam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia. Eram nobres e ricos e faziam-se acompanhar de servos, ajudantes e caravaneiros.


Chegaram, certa manhã, às margens de um grande rio barrento e impetuoso. Era preciso transpor a corrente ameaçadora.


Ao saltar, porém, uma pedra, Mussa foi infeliz e caiu no torvelinho espumejante das águas em revolta.


Ali ele teria morrido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib. Este, sem a menor hesitação, atirou-se à correnteza e livrou da morte o seu companheiro de jornada.


Que fez Mussa?


Ordenou que o mais hábil de seus servos gravasse na face lisa de uma grande pedra, que ali se erguia, esta legenda admirável:


Viajante:
Neste lugar, com risco da própria
Vida,
Nagib salvou, heroicamente, seu amigo
Mussa


Feito isso, prosseguiram, com suas caravanas, pelos intérminos caminhos de Allah.


Cinco meses depois, em viagem de regresso, encontraram-se os dois amigos naquele mesmo local perigoso e trágico.


E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar à sombra acolhedora daquela mesma pedra que ostentava a honrosa inscrição.


Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.


Eis que, por motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros.


Discordaram. Discutiram. Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou, brutalmente, o amigo.


Que fez Mussa? 


Que faria você, em seu lugar?


Mussa não revidou a ofensa. Ergueu-se e, tomando tranquilo o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do negro rochedo:


Viajante:
Neste lugar, por motivo fútil,
Nagib injuriou, gravemente, seu amigo
Mussa


Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:


- Senhor! Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandastes gravar, para sempre, na pedra, o feito heroico. E agora, que ele acaba de ofender-vos tão gravemente, vós vos limitais a escrever, na areia incerta, o ato de covardia! A primeira legenda, ó cheique, ficará para sempre. Todos os que transitarem por este lugar dela terão notícia. Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde, terá desaparecido como um traço de espuma entre as ondas revoltas do mar.


Respondeu Mussa:


- A razão é simples. O benefício que recebi de Nagib permanecerá, para sempre, em meu coração. Mas a injúria... essa negra injúria... escrevo-a na areia, como um voto, para que, se depressa daqui se apagar e desaparecer, mais depressa, ainda, desapareça e se apague de minha lembrança!


Eis a sublime verdade, meus amigos!

Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te fizeram, as palavras de carinho, simpatia e estímulo que ouvires.


Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídias e as ironias, que te ferirem pela estrada agreste da vida.


Aprende a gravar, assim, na pedra...


Aprende a escrever, assim, na areia...


E então só assim serás livre e portanto feliz!'. 


(Malba Tahan)

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Três fases na vida do cristão



Todo Crente convertido, passa ou passará por provações e aflições. Existem fases na vida em que o cristão está acomodado ou tranqüilo, parece até que o céu é aqui na terra mesmo, a paz é o aroma do lar, no trabalho é benção sobre benção, elogios e mais elogios e até mesmo promoção, mas, no mar da vida tudo se transforma da água para o vinho num piscar de olhos, você dorme feliz e acorda triste, pois assim como existe o dia da prosperidade, também existe o dia da adversidade.(Ec. 7.14). No dia da prosperidade devemos “gozar o bem”, mas no dia da adversidade “Considerar”, o cristão passará por diversas fases em sua vida, fiz questão de enumerar três fases que o Cristão Verdadeiro deve passar:


TODO CRISTÃO DEVE PASSAR:


PELO DESERTO
Todos nós sabemos o que é um deserto; é um lugar árido, seco, com perigos iminentes, sem água, sem sustento, solitário, que tem temperaturas extremas de dia e um frio terrível a noite.
Quem nunca passou pelo deserto? Quem nunca passou por tamanha tribulação que achou que não iria suportar? Saiba que o deserto é a escola de Deus, um dia haveremos de passar pelo deserto, lugar onde há angústia e medo, solidão, necessidade de algo, onde as expectativas são frustradas, sonhos não realizados, onde teremos vontade de desistir de tudo, é no deserto que nos descobrimos, que encontramos o nosso “eu”, nossas falhas, nossos erros, o deserto simboliza as nossas provas, nossos temores, nossa total dependencia de Deus.


PELO VALE
Um vale normalmente é um espaço compreendido entre dois montes, ou mesmo um lugar aberto cercado pelas montanhas, e nem sempre é um lugar onde se queira estar. Às vezes há alagamentos, em outras, escuridão. Em alguns, o caminho é estreito e quase não se pode passar, mas é no vale que Deus também quer se revelar aos seus servos.
Muitas vezes só queremos subir, estar no alto dos montes, mas Deus também nos quer levar pelo vale, pelo caminho da solidão para nos mostrar quem Ele é para nós. Se Deus está te conduzindo pelo vale, não temas: Ele está contigo e nenhum mal poderá te atingir!
Se você ainda não passou pelo vale, um dia haverá de passar, o vale é um lugar de abandono, onde as pessoas esquecem dê você, no vale você não tem amigos, não tem parentes, não tem conselheiros, no vale você aprende estar a sós com Deus, ali você ora, chora, geme, clama, busca, passa pelo estreito de DEUS, ali você aprende a ser obediente, você luta como Jacó lutou até raiar o amanhã, quando estava prestes a se encontrar com Esaú, seu irmão, Jacó teve que passar pelo vale do Ribeiro de Jaboque, muitas experiências já tinha passado em sua vida. Já tinha experimentado a bênção de Deus e também pago um alto preço pelas mentiras que havia cometido, mas ainda lhe faltava uma coisa: uma experiência real com Deus. E ali no ribeiro, o Anjo do Senhor lutou com ele, mas Jacó não desistiu. Ficou marcado em seu próprio corpo, mas saiu com a benção! Queres ser abençoado? Prepara-ter para lutar com Deus no vale! Não sei onde será, nem com será, mas Deus terá um encontro contigo e tu só serás abençoado se prevaleceres!
Disse Davi no Salmo 23.4. “Ainda que eu ande pelo Vale da sombra e da morte, não temerei mal algum, pois tu estás comigo.”


PELA MONTANHA
No deserto Deus nos prova, no Vale Ele se revela a nós, mas é na Montanha que conseguimos enxergar a grandeza de Deus.
Depois de ter passado pelo deserto, depois de termos enfrentado o Vale, chegamos então a Montanha, um dia você estará no monte, no monte tudo é lindo, maravilhoso, no monte você consegue ver por onde você passou, e então vai glorificar á Deus por ter te amparado e te ajudado, no monte a visão é diferente, ampla, você olha e diz...
"verdadeiramente Deus esteve comigo e não me desamparou".


Qual fase você esta passando?


Pelo deserto? Não desanime!
Assim como Deus não desamparou Hagar quando esteve com seu filho no deserto, Deus também não te desemparará.


Pelo Vale?
Faça como fez Jacó, lute, não desista da tua vitória, seja perseverante, não desanime, é no vale que Deus quer se revelar a você.
Tenha certeza, que ao passar pelo Deserto ou pelo Vale, chegaras a Montanha...
Em qualquer uma dessas fases que você estiver passando, Lembre-se: “Deus está contigo”!


                                                                               Michel Lucas

quarta-feira, 21 de março de 2012

Casa X Lar


Casa é uma construção de cimento e tijolos.

Lar é uma construção de valores e princípios.

Casa é o nosso abrigo das chuvas, do calor, do frio...
Lar é o abrigo do medo, da dor e da solidão.

Casa é o lugar onde as pessoas entram para dormir, usar o banheiro, comer. Onde temos pressa para sair e retardamos a hora de voltar.
O lar é o lugar onde os membros da família anseiam por estar nele, onde refazem suas energias, alimentam-se de afeto e encontram o conforto do acolhimento. É onde temos pressa de chegar e retardamos a hora de sair.

Numa casa criamos e alimentamos problemas.
O lar é o centro de resolução de problemas.

Numa casa moram pessoas que mal se cumprimentam e se suportam.
Num lar vivem companheiros que, mesmo na divergência, se apoiam e nas lutas se solidarizam.

Numa casa desdenha-se dos nossos valores.
No lar sonhamos juntos.

Numa casa há azedume e destrato.
Num lar sempre há lugar para a alegria.

Numa casa nascem muitas lágrimas.
Num lar plantam-se sorrisos.

A casa é um nó que oprime, sufoca...
O lar é um ninho que aconchega.

Se você ainda mora em uma casa, nós o (a) convidamos a transformá-la, com urgência, em um lar, lugar de amor, carinho, afeto e compreensão e que Jesus seja sempre o seu convidado especial.

Texto de: Abigail Guimarães (inspirada numa reflexão de Alba Magalhães David) 

segunda-feira, 19 de março de 2012

O Que Enxergam Em Você?


Um homem esta sendo seguido bem de perto por uma mulher apressada, cujo carro esta colado ao dele.

Ele chega a um cruzamento, e quando o sinal fica amarelo, ele pisa no freio.

A mulher atrás dele tem um ataque.

Ela buzina, grita obscenidades, e faz sinais com o dedo.

Enquanto ela esta falando alto, enfurecida, alguém bate em sua janela.

Para seu horror, ela olha para cima e vê um policial.
Ele a convida a sair do carro e a leva até a delegacia, onde ela e revistada, tiram suas impressões digitais e a colocam em uma cela. Depois de algumas horas, ela é liberada e o policial que a prendera lhe entrega seus pertences pessoais e diz:

"Sinto muito pelo engano, madame. Encostei atrás do seu carro quando a senhora estava buzinando, fazendo sinais feios e usando palavras de baixo calão.

Observei o adesivo no pára-choques que dizia 'o que Jesus faria?', o suporte da placa que dizia 'Escolha a Vida', o adesivo na janela dizendo 'Siga-me ate á Escola Dominical' e o emblema com a palavra PAZ em seu porta-malas, então, naturalmente, presumi que a senhora tivesse roubado aquele carro'.

E óbvio que ele estava seguindo uma cristã que não estava fazendo um bom trabalho ao seguir a Cristo.

O mundo vira as costas para pessoas que tem adesivos cristãos em seus carros, livros cristãos em suas estantes, estações cristãs em seus rádios e TV's, jóias cristãs em volta do pescoço, vídeos cristãos para seus filhos, revistas cristãs em suas mesas de café, mas que não tem a vida de Jesus entranhada em seus ossos nem o amor de Jesus em seu coração.

Qual e a resposta?


"Brilhe a luz de vocês diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de vocês , que esta nos céus". (Mateus 5:16 NVI)

(Bob e Debby Gass)


quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher de Fé!


Uma mulher de fé move o coração do Rei 
Faz o deserto florescer 
Uma mulher de fé é incansável na esperança 
Traz na lembrança o bem de Deus 
E não desistirá jamais!
Quando uma mulher decide orar 
E derramar o coração aos pés do salvador Jesus 
Deus não negará o Seu melhor


Uma mulher de fé tocou no manto do Senhor 
E o impossível aconteceu e acontecerá 
Uma mulher de fé tocou no manto do Senhor 
E o impossível vai acontecer com você 
Quando uma mulher decide orar 
E leva os sonhos ao Senhor 
E ora mesmo, pra valer 
Deus responderá com o melhor 
A uma mulher de fé.

(Uma mulher de fé- Kleber Lucas)

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Tomemos um Mate!


Tomas um Mate?
O mate, ou chimarrão 
não é uma bebida. 
Bueno, sim, pois é 
um líquido e entra pela boca,
 porém não é uma bebida.

No Rio Grande do Sul e 
nos paises cisplatinos, 
ninguém toma mate porque tem sede.
 É mais um costume, como coçar-se.

O mate faz exatamente o contrário da televisão: 
te faz conversar se estás com alguém e te 
faz pensar quando estás solito.

Quando chega alguém na tua casa, a 
primeira frase é “buenas” e a 
segunda é: vamos matear?
Isto se passa em todas as casas, 
seja de rico ou de pobre.
Passa entre mulheres e 
homens sérios ou imaduros, 
velhos ou jovens. 

É a unica bebida compartilhada entre 
pais e filhos sem discussão e 
onde ninguém “enche a cara”. 

Chimangos ou maragatos, 
gremistas ou colorados
cevam mate sem entreveros.
No inverno ou no verão.

É a unica coisa em que nos 
parecemos vítimas e carrascos; 
bons e maus.

Quando tens um filho, começas a 
dar mate quando ele te pede. 
Se o dá morno com algum açúcar, 
se sentem grandes. 
E tu sentes um orgulho enorme 
quando um piazito teu começa a tomar o mate, 
parece que o coração te sai do corpo. 
Depois com os anos, 
eles elegem se o tomam amargo ou doce, 
muito quente ou tererê, 
com casca de laranja ou limão 
ou ainda com alguma planta 
medicinal misturada à erva.

Quando conheces alguém e não 
tens confiança, ao convida-lo 
para um mate perguntas:
-Doce ou amargo?
E se o outro responde:
-Como tu tomas
É um bom sinal.
Nas casas do Rio Grande do Sul 
sempre há erva mate. 

A erva é a única que há sempre, com inflação, 
com fome, com militares, com democracia, 
com “mensalões”, ou com quaisquer 
de nossas pestes e maldições eternas. 

E se um dia não houver, 
um vizinho têm e te dá, 
pois a erva não se nega a ninguém.

O Rio Grande do Sul é um dos poucos 
lugares do mundo onde a transformação 
de uma criança para  um homem 
ocorre num dia em particular.
Esse dia não é o dia em começastes a  fumar, 
ou usar calças, ou quando fizestes circuncisão, 
ou entrasse para a universidade 
ou começou a viver longe dos pais.

Começamos a ser grandes no dia 
que temos a necessidade de tomar, 
pela primeira vez, um mate solito.
Não é casualidade. 
No dia que uma criança põe a 
chaleira no fogo e toma seu primeiro mate 
sem que haja nada em casa, 
nesse minuto é que descobre que tem alma.
Ou está morto de medo, 
ou está morto de amor, ou algo: 
porém não é um dia qualquer.
Poucos são os que se recordam desse dia,
 mas em todos há uma revolução 
por dentro a partir desse dia.
 O simples mate é nada mais 
nada menos que uma demonstração de valores... 
 É a solidariedade de bancar o
 mate lavado porque a charla é boa.  
A charla, não o mate.
É o respeito pelos tempos para falar e escutar, 
tu falas enquanto o outro toma, 
até que num momento dizes:
-Basta, troca a erva!.

 É o companheirismo nesse momento.
É a sensibilidade da água quase fervendo.
É o carinho para perguntar:
-Está quente, não?.
É a modéstia de quem ceva o melhor mate.
É a generosidade de servir até o final.
É a hospitalidade do convite.
É a justiça de um por um.
É a obrigação de dizer obrigado 
ao menos uma vez ao dia.
É a atitude ética, franca e leal de 
encontrar-se sem maiores 
pretensões, de compartilhar.


( Autor desconhecido )




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