A porta do coração
Não deve jamais ser fechada à chave,
Mas apenas ficar assim... meio cerrada,
Com um letreiro bem visível:
“ENTRE SEM BATER”
Deixe entrar sem bater, meu caro amigo,
Os que morrem de frio,
Mais por falta de amor do que de roupa.
Deixe entrar sem bater os que perderam o rumo
Nos trilhos complicados da existência:
Talvez achem no céu do seu abraço
Deixe entrar sem bater os que têm fome,
Mais de carinho que de pão,
E reparta com eles sua vida
Que vale muito mais que seu dinheiro...
Deixe entrar sem bater os que chegam a pé,
Empoeirados e cansados,
Porque a passagem do destino
Era cara demais e ninguém lhes pagou
Sequer um bilhete de terceira classe
No trem da felicidade...
Deixe entrar sem bater
Os que nasceram a contragosto
Porque a pílula falhou...
E só foram recebidos na existência
Porque não havia outro jeito...
Deixe entrar sem bater os enjeitados no fim:
Os velhos e as velhinhas
Que deram tudo de si,
Que perderam as pétalas da vidas em benefício
Dos frutos, os seus filhos,
E agora são deixados
Para murchar no fundo dos asilos...
Deixe entrar sem bater
Os enjeitados no princípio
Filhos de mães solteiras,
Os filhos do prazer criminoso e egoísta.
Deixe entrar sem bater os esquecidos
Por não poderem mais fazer carinho,
Porque ficaram tão grossas suas mãos
Com calos e feridas de trabalho,
Que agora sua carícia
Parece que machuca a face que os rejeita...
Deixe entrar, como se a casa fosse deles,
Os que não tiveram tempo de ser crianças,
Porque a vida lhe pôs uma enxada nas mãos
Quando devia pôr nelas algum brinquedo...
Os que nunca tiveram sorrisos em seus lábios,
Porque a lágrima chegava sempre primeiro,
Entrando-lhes pelos cantos da boca
E estragando com sal o doce da alegria.
Deixe entrar todos estes
Sem temor que falte espaço
Porque num coração cristão
Sempre cabe mais um e até mais mil.
E depois que tiver a sala de seu peito
Lotada de infelizes, aleijados e famintos,
Você vai ter, amigo, a maior das surpresas,
Ao ver que a face torturada
De tantos desgraçados
Se transforma, de repente,
No rosto luminoso e sorridente de Jesus,
Falando assim, só para você:
“Meu caro amigo, agora é a sua vez:
Entre você também; pode entrar sem bater,
A casa é sua, o céu é todo seu.”
Não deve jamais ser fechada à chave,
Mas apenas ficar assim... meio cerrada,
Com um letreiro bem visível:
“ENTRE SEM BATER”
Deixe entrar sem bater, meu caro amigo,
Os que morrem de frio,
Mais por falta de amor do que de roupa.
Deixe entrar sem bater os que perderam o rumo
Nos trilhos complicados da existência:
Talvez achem no céu do seu abraço
Deixe entrar sem bater os que têm fome,
Mais de carinho que de pão,
E reparta com eles sua vida
Que vale muito mais que seu dinheiro...
Deixe entrar sem bater os que chegam a pé,
Empoeirados e cansados,
Porque a passagem do destino
Era cara demais e ninguém lhes pagou
Sequer um bilhete de terceira classe
No trem da felicidade...
Deixe entrar sem bater
Os que nasceram a contragosto
Porque a pílula falhou...
E só foram recebidos na existência
Porque não havia outro jeito...
Deixe entrar sem bater os enjeitados no fim:
Os velhos e as velhinhas
Que deram tudo de si,
Que perderam as pétalas da vidas em benefício
Dos frutos, os seus filhos,
E agora são deixados
Para murchar no fundo dos asilos...
Deixe entrar sem bater
Os enjeitados no princípio
Filhos de mães solteiras,
Os filhos do prazer criminoso e egoísta.
Deixe entrar sem bater os esquecidos
Por não poderem mais fazer carinho,
Porque ficaram tão grossas suas mãos
Com calos e feridas de trabalho,
Que agora sua carícia
Parece que machuca a face que os rejeita...
Deixe entrar, como se a casa fosse deles,
Os que não tiveram tempo de ser crianças,
Porque a vida lhe pôs uma enxada nas mãos
Quando devia pôr nelas algum brinquedo...
Os que nunca tiveram sorrisos em seus lábios,
Porque a lágrima chegava sempre primeiro,
Entrando-lhes pelos cantos da boca
E estragando com sal o doce da alegria.
Deixe entrar todos estes
Sem temor que falte espaço
Porque num coração cristão
Sempre cabe mais um e até mais mil.
E depois que tiver a sala de seu peito
Lotada de infelizes, aleijados e famintos,
Você vai ter, amigo, a maior das surpresas,
Ao ver que a face torturada
De tantos desgraçados
Se transforma, de repente,
No rosto luminoso e sorridente de Jesus,
Falando assim, só para você:
“Meu caro amigo, agora é a sua vez:
Entre você também; pode entrar sem bater,
A casa é sua, o céu é todo seu.”
Pe. Heber Salvador de Lima
Enviado ao grupo crochetar com amor por Marilia Anjos a doce Lila
Beijos amiga. Deus te abençoe sempre mais e mais
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